Acadêmicos
Espéria Benvenuti
1 Memorial – Esperia Benvenuti Esperia, nascida em 13 de outubro de 1937 em São Paulo, Capital.
Recebi o nome de Esperia Pinheiro em homenagem a irmã falecida de meu pai. Sou filha única de Nair Pinheiro e Domerville Pinheiro.
Perdi meu pai para a tuberculose quando tinha apenas 02 (dois) anos de idade.
O tempo passou e minha mãe casou-se novamente com José Sanzogo quando eu estava com 10 anos de idade, e, não tiveram filhos.
Cursei o primário e ginásio no Colégio Santa Inês em São Paulo.
Concursada pelo Banco Moreira Salles, hoje Bradesco, lá trabalhei por mais ou menos 03 anos e meio, até o meu casamento.
Em 1958 me casei com o Tenente Walter Apparecido Benvenuti e passei a assinar o nome de casada, ou seja, Esperia Benvenuti.
Dessa união, nasceram quatro filhos, Walter Junior – engenheiro, Silvia – médica, Paulo – engenheiro e Renata – advogada.
Tenho também, dez netos e seis bisnetos que amo de paixão.
Me preparei e prestei concurso para o cargo de escrevente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Fui aprovada, tomei posse, e lá permaneci trabalhando até a aposentadoria, e já como diretora de cartório.
Após a aposentadoria, advoguei por seis anos com minha filha Renata, e, me afastei quando meu marido ficou doente, acometido de Alzheimer.
Infelizmente meu marido veio a falecer e maio de 2020.
Essa é mais ou menos a história da minha vida.
Concluindo, quero dizer que estou honrada por ter sido convidada para compor tão augusta Academia Bragantina de Letras.
Elogio ao Patrono
SATURNINO PACITTI
Quem foi Saturnino Paciti?
Figura humana, íntegro e no afã de servir a cidade onde nasceu e que acolhera seus genitores vindos de Paliano (em 1895), região vizinha a Roma, Itália.
Nasceu em Bragança Paulista em 18 de janeiro de 1898, sendo o segundo filho de Ippolito Eusébio Pacitti e Ana Anatólia Paciani, residentes na atual Rua da Liberdade.
No final do século XIX, Bragança apresentava um desenvolvimento nas lavouras de café, à produção de hortifrutigranjeiros e várias olarias que com a produção de telhas e tijolos que eram mandados para a região e capital.
Com a instalação da rede elétrica bragantina, seu pai montou um armazém de secos e molhados. Foi pioneiro na instalação da indústria de farinha de fubá e máquina de beneficiar arroz e café já utilizando a energia elétrica. Os filhos auxiliavam o pai na indústria e no comércio.
Saturnino cursava o grupo escolar “Dr. Jorge Tibiriçá”.
Em 1918, Saturnino auxiliou na fundação do Tiro-de-Guerra e alistou-se no ano seguinte.
Adolescente, escolheu a profissão de alfaiate e se tornou um dos melhores e mais conceituados da época.
Estabeleceu sua oficina de alfaiataria (1925) e em 1930 já contava com vários oficias e alguns aprendizes.
Passou a ser conhecido por seu talento como Alfaiate e passou a confeccionar trajes masculinos e femininos.
Durante a revolução Constitucionalista de 1932, trabalhou na guarda.
Em curto tempo providenciou uniforme para 200 voluntários do Batalhão Bragantino.
Por esse ato foi homenageado pelo Governador Pedro de Toledo.
Ao término da revolução, auxiliou os integrantes do Batalhão Nove de Julho.
Atuou na campanha “Dei ouro para o bem de São Paulo”. Com o término da 2ª grande guerra participou das homenagens aos “Pracinhas”.
Em 1947 foi eleito vereador e foi incansável em dotar escolas Municipais. Apesar da política contrária e com apoio do Dr. Adriano Marrey Junior, conseguiu a criação do ginásio Estadual que recebeu o nome do bragantino Casper Líbero, hoje, a E.E. Casper Líbero, que mantém 1º e 2º graus.
Saturnino tornou-se incansável batalhador em prol da criação de várias melhorias em escolas.
Recebeu vários diplomas e certificados. Escreveu vários artigos na imprensa local a partir de 1944 até 1982, quando foi perdendo gradualmente a visão.
Seus trabalhos forma reconhecidos pela revista Veja e pelo jornal Estado e São Paulo.